Parece sempre estive aqui
E a espera sufocante de antes
Hoje soa redundante
Parece sonho acordado
Permeado de lembranças
Como quando a gente sonha
Que sonha
Que sonha
Na ânsia de encontrar o beijo no beijo
O riso no riso
O novo no novo
O possível no desconhecido
Eu quero a ilha e o continente
Quero você e quero toda gente
A noite, o dia e a vida.
25 de jul. de 2009
24 de jul. de 2009
Quadra das águas
O leito do rio traveste
De passageira a água que vai
Mas a água sempre está lá
E ao mesmo tempo o rio reveste.
De passageira a água que vai
Mas a água sempre está lá
E ao mesmo tempo o rio reveste.
Quadra da paciência
A chave da paciência
É não ter expectativa
Não botar nos ombros da vida
O que não cabe na consciência.
É não ter expectativa
Não botar nos ombros da vida
O que não cabe na consciência.
Marta
Marta
Sentidas tardes quentes no meu barracão
Ao lembrar de você, me veio um som
um som que era mais, o seu a mais, sua razão
Marta
Que bonito era vê-la na roda a cantar
Quantos versos puxava, eu nem podia contar
Meu violão assustado encarava a cabrocha a me desafiar
E eu encarava o desafio assim
Quando caía no samba
Quem era eu pra impedir?
Deixava a morena sambar
Deixava o povo aplaudir
E quando arrefecia
O batucar dos pandeiros
Aí é que Marta era minha por inteiro.
Sentidas tardes quentes no meu barracão
Ao lembrar de você, me veio um som
um som que era mais, o seu a mais, sua razão
Marta
Que bonito era vê-la na roda a cantar
Quantos versos puxava, eu nem podia contar
Meu violão assustado encarava a cabrocha a me desafiar
E eu encarava o desafio assim
Quando caía no samba
Quem era eu pra impedir?
Deixava a morena sambar
Deixava o povo aplaudir
E quando arrefecia
O batucar dos pandeiros
Aí é que Marta era minha por inteiro.
13 de jul. de 2009
Fantasia do Samba
O samba, que não vai tirá-la da minha cabeça,
Certamente fará com que ao menos eu seja
Um pouquinho melhor que essa triste figura,
Sentada, parada, sem nada falar.
Quem nunca se vestiu com o samba não sabe o que perde;
A coragem se avulta, o receio adormece,
E eu vou descobrindo os atalhos que levam
Ao sorriso que só ela sabe me dar.
O samba sempre foi a melhor fantasia da alma.
Encarnado de samba a gente se arvora
A chegar onde nunca sonhou em chegar.
O samba me promete e me faz prometer tantas coisas...
Transformado de samba, a garganta é tão pouca
Pra dizer o que o peito não deixa calar.
Certamente fará com que ao menos eu seja
Um pouquinho melhor que essa triste figura,
Sentada, parada, sem nada falar.
Quem nunca se vestiu com o samba não sabe o que perde;
A coragem se avulta, o receio adormece,
E eu vou descobrindo os atalhos que levam
Ao sorriso que só ela sabe me dar.
O samba sempre foi a melhor fantasia da alma.
Encarnado de samba a gente se arvora
A chegar onde nunca sonhou em chegar.
O samba me promete e me faz prometer tantas coisas...
Transformado de samba, a garganta é tão pouca
Pra dizer o que o peito não deixa calar.
12 de jul. de 2009
Notas do primeiro encontro
O riso depois do tempo
Dura mais e é mais intenso
Que o tempo que foi roubado
Do siso, lembrança-alento.
Os olhos do outro riso
brilham mais e são mais densos
que os olhos que se viam
no avesso do sentimento
Assim se descobre a chance
de amar completamente
como se fosse bem fácil,
Embora tão pouco frequente.
E nada importasse – somente
o riso de quem amasse.
e apenas valesse à gente
que o brilho dos olhos voltasse.
Dura mais e é mais intenso
Que o tempo que foi roubado
Do siso, lembrança-alento.
Os olhos do outro riso
brilham mais e são mais densos
que os olhos que se viam
no avesso do sentimento
Assim se descobre a chance
de amar completamente
como se fosse bem fácil,
Embora tão pouco frequente.
E nada importasse – somente
o riso de quem amasse.
e apenas valesse à gente
que o brilho dos olhos voltasse.
Ao Encontro
Quando tomo tua palma
Eu transbordo de sossego
Sinto muito menos medo
dos calos que marcam a alma
Sinto preguiça do tempo
e ansiedade na falta
vejo como eu não era
e como não sabia, pudera,
o jeito certo de te prender.
Fito-te, enfim, mudo, telepata,
Inundo teu colo de águas
e, vitorioso, deixo-me vencer.
Eu transbordo de sossego
Sinto muito menos medo
dos calos que marcam a alma
Sinto preguiça do tempo
e ansiedade na falta
vejo como eu não era
e como não sabia, pudera,
o jeito certo de te prender.
Fito-te, enfim, mudo, telepata,
Inundo teu colo de águas
e, vitorioso, deixo-me vencer.
Assinar:
Postagens (Atom)